domingo, 14 de novembro de 2010

Andre Arteche em ‘Ti-ti-ti’

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Enquanto as discussões sobre beijos gays nas histórias das 21h continuam rendendo, olha a surpresa: é justamente na novela das 19h, "Ti-ti-ti", que um personagem homossexual surge mostrado de uma maneira 100% natural, sem caricatura ou dramas exagerados. Falo de Julinho, papel de André Arteche. O ator era o Indra em "Caminho das Índias", indiano que não resistia aos encantos da vizinha mais velha e matadora, Norminha (Dira Paes). Foi uma bela estreia. Agora, na novela de Maria Adelaide Amaral, com um personagem totalmente diferente, ele também está acertando em cheio.


Julinho é gay, mas não uma caricatura. Caricatura é Jacques Leclair (Alexandre Borges), que não é gay. Julinho teve um grande amor, Osmar (Gustavo Leão), morto num acidente de carro. A família do rapaz, conservadora, demorou a saber a verdade. Quando descobriram, o conflito explodiu, e ele acabou expulso pela "sogra", Bruna (Giulia Gam). Tudo tratado de uma maneira bem realista, emocionante e até bem romântica, porque o rapaz está prestes a encontrar um novo amor.

Se Arteche não fosse um ator de tanto talento, poderia ter se limitado a fazer escada para Ísis Valverde, a mocinha Marcela. Julinho é apenas seu melhor amigo, então aparece muito em cena com ela, que tem mais importância na história. Mas o ator construiu um tipo irresistível.

Seria injusto não atribuir este êxito também à direção de Jorge Fernando. A comédia prevalece em "Ti-ti-ti", que é uma produção das 19h, alegre, leve etc. Mas Julinho é uma das provas de que dirigir bem é também conhecer uma diversidade de tons. E o diretor conhece.

Fonte: Patricia Kogut


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